terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ao amor antigo Autor: Carlos Drummond De Andrade

"O amor antigo vivi de si mesmo 
Não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.Nada espera,
Mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo te raízes fundas,
Feitas de sofrimento e de beleza.    
Por aquelas mergulha no infinito,
E por estas suplanta a natureza

Se em toda parte  tempo desmorona 
Aquilo que foi grande e deslumbrante,
A antigo amor , porem nunca fenece
E a cada dia surge mais amante

Mais ardente,mas pobre de esperança .
Mais trsite ? Não .Ele venceu a dor,
E resplandece no seu canto obscuro
Tanto mais veho quanto mais amor"

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